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Marcos Montanari é mais do que um milionário
do agronegócio. É o fundador de Sacramento. O homem que desbravou a região,
comprou, invadiu e roubou terras. O apelido “demônio” cabe à sua fama de
fazendeiro durão, mas encobre um passado de abandono na infância. Ele é movido
pelo poder e por uma sede de vingança. E depois de saber sobre a existência de
petróleo no subsolo das terras ao norte da sua cidade, ele precisa possuir as
fazendas da região. Mas Homero Moretti, um forasteiro, lidera o grupo de
fazendeiros que se nega a vendê-las.
Keila é enteada de Moretti, trabalha na pequena
fazenda desde criança. Os pais a tiraram da escola para pegar na enxada e a
isolaram na propriedade. O único amigo que tem é Juliano, um dos peões. Ela
nunca foi ao centro da cidade, nunca namorou nem beijou, mas é muito curiosa a
respeito. A sua vida é trabalhar e brigar com o padrasto, o homem que destruiu
o legado do pai dela.
Quando a pobreza atinge a família
Moretti em um nível insuportável, a mãe de Keila resolve negociar com o dono de
Sacramento. A proposta é simples: ela convence o marido a lhe vender as terras
se Montanari casar com a sua filha, por pelo menos seis meses, e depois manter
a família da futura ex-esposa com uma polpuda pensão alimentícia.
O fazendeiro quer as terras e o
petróleo.
Keila então, aos 19 anos, é vendida.
E será o seu “marido de contrato” o
desbravador do seu corpo, da sua alma e do seu coração.
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